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HISTÓRIA DO MUNICIPIO


O desbravamento da região, hoje ocupada pelo município de Santa Maria Madalena, data de 1840, quando por ali passou o português Manoel Teixeira Portugal. Logo depois, se estabeleceu no local o mateiro José Vicente, que ali chegou em perseguição a negros fugitivos e armou um rancho no mesmo local do antecessor.
Segundo a lenda, as referidas terras foram cedidas em troca de uma espingarda de fabricação suíça ao padre Francisco Xavier Frouthé, que doou parte delas para edificação de uma capela em homenagem a Santa Maria Madalena, em cumprimento de promessa. Se do fato, com aparência de lenda, não há senão notícia oral, existe, todavia, a escritura lavrada em notas do escrivão de paz Antônio Leoclat, da freguesia de São Francisco de Paula, terceiro Distrito da Vila de Cantagalo, em 20 de abril de 1850, que vem abonar em parte a afirmativa tradicional.
Devido aos pântanos cheios de barro branco, os viajantes que demandavam a estrada Cantagalo-Macaé, davam ao local o nome de Tabatinga, que foi a primeira denominação do Arraial do Santíssimo, atual cidade de Santa Maria Madalena.
A elevação à categoria de freguesia se deu em 1855 e à de vila em 1861, desmembrada do termo de Cantagalo e tendo anexadas a si as freguesias de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto. Destacou-se na luta pela elevação a município o coronel Braz Fernandes Carneiro Viana, cunhado do Duque de Caxias. Santa Maria Madalena passou à categoria de cidade em 1890.

Subdivisão


Ocupa uma área de 815,3 km²; distribuídos pelos seguintes distritos:

  • 1º distrito – Santa Maria Madalena com 210,1 km²
  • 2º distrito – Triunfo com 62,1 km²
  • 3º distrito – Santo Antônio do Imbé com 292,7 km²
  • 4º distrito – Dr. Loreti com 95,5 km²
  • 5º distrito – Renascença com 51,2 km²
  • 6º distrito – Sossego do Imbé com103,7 km²
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Cidade da geologia


O Governo do Estado do Rio de Janeiro idealizou a criação de cidades-temáticas com o propósito de promover o desenvolvimento econômico e social dos municípios do interior do Estado. A cidade foi então lançada como a "Cidade da Geologia do Estado do Rio de Janeiro”.

Sediada numa região naturalmente exuberante, com afloramentos rochosos esculturais em abundância, Santa Maria Madalena foi eleita para receber tal título pois apresenta todos os requisitos para ser o pólo da discussão geológica fluminense. Preponderante para a escolha de Madalena é também o fato de que a maior parte do Parque Estadual do Desengano localiza-se em território madalenense.
Além da paisagem, a cidade apresenta uma cultura relacionada ao artesanato mineral num projeto pioneiro de qualificação técnica de adolescentes na arte de confeccionar peças artísticas a partir de minerais e rochas.

Patrimônio histórico

Madalena foi um dos 173 municípios brasileiros incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. Em 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou o processo de tombamento do centro histórico, a partir de um estudo realizado por professores e estudantes da Universidade Federal Fluminense.
Em 2011, o Iphan emitiu um parecer favorável ao tombamento. Para que o local seja declarado patrimônio histórico brasileiro, o parecer ainda precisa ser aprovado pela presidência do órgão e pelo conselho consultivo.
Entre os prédios a serem tombados estão o da antiga estação ferroviária (1890, atualmente sede da Casa da Cultura), o extinto Hotel Brasil (1894, a igreja matriz e o conjunto paisagístico formado por casas simples.


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HISTÓRIA DE SANTA MARIA MADALENA

As primeiras notícias sobre as terras que vieram a formar o Município de Santa Maria Madalena, cuja área está orçada em 854 Km2, datam de 1835.
Os anais fluminenses dessa época consignam a existência de “vastas porções de terras devolutas nas cabeceiras do Córrego São Domingos, afluente do Santíssimo, e pertencente à Cantagalo”.
Acredita-se que o devassamento destas terras tenha sido devido aos viajantes que, nos primeiros 25 anos do XIX, buscavam a estrada geral Cantagalo-Macaé, passando por umas terras de pântanos de barro branco, o que valeu aos viajantes que por aqui transitavam em caravanas de tropas de burros, o apelido que deram onde arranchavam para dormir, comer e descansar, de zona da “Tabatinga”.
Foram, em 1840, essas terras anexadas aos domínios do Curato de São Francisco de Paula, que havia sido criado em 27 de maio do mesmo ano.
Nesta época, data a primeira penetração documentada de seu solo. Realizada esta entrada pelo lusitano Manuel Teixeira Portugal. este português, em suas peregrinações pelos sertões fluminenses, chegou até o vale em que se acha hoje a Matriz de Santa Maria Madalena, a Praça Frouthé. Pouco tempo permaneceu Manuel Teixeira Portugal aqui, pois rumou mais para o interior, talvez em busca de outras terras, quem poderá afirmar, talvez de novas descobertas e mesmo riquezas.
Essas terras por ele descobertas voltaram ao mais completo abandono, até que, segundo a tradição oral de geração em geração, por ter como profissão a de mateiro, mas acredita-se mesmo que fosse “Capitão-do-Mato”, ao perseguir escravos foragidos, aqui chegou um velho homem, de nome José Vicente, que, apossou-se das terras, lhe dando o nome do Rio Santíssimo.
José Vicente ergueu um rancho tosco, para sua moradia, no promontório, onde seria construída posteriormente a Matriz em homenagem a Maria Madalena.
Passaram-se alguns anos, um certo dia, surgiu por aqui um velho cura, um Padre aposentado, descendente de suíços que colonizaram Nova Friburgo, o Padre Francisco Xavier Frouthé. Este andava por esses sertões, em busca de homens que precisassem de suas orações e mensagens da palavra de Deus. Trazia o Padre uma bela espingarda alemã, de fogo central, que de imediato chamou a atenção e cobiça do velho mateiro...
Segundo a lenda, José Vicente sugeriu ao Padre Frouthé, a troca da espingarda que este trazia consigo, pela posse das terras que então lhe pertenciam...
Lendário, ou não, o que dá veracidade a essa ocorrência, é o fato de existir uma escritura lavrada em notas do escrivão de paz, Antônio Leoclat, da freguesia de São Francisco de Paula, terceiro Distrito da Vila de Cantagalo, em 20 de abril de 1850.
Por este título, atribuindo-se à transação o valor de 200$000, o padre Frouthé, declarando-se: “Senhor e possuidor de umas terras no Arraial do Santíssimo”, soou parte delas, livre e espontaneamente ã Santa Maria Madalena, para edificação de uma capela sob o patrocínio da aludida santa, “à qual fizera promessa por ocasião de sofrer uma grande moléstia de olhos, melhorando”.
Erguida a capela, pela devoção dos habitantes do lugarejo, já no ano seguinte à doação citada, em 15 de setembro de 1851, por influência talvez do próprio doador das terras, o Padre Frouthé; o Arraial do Santíssimo passou à categoria de Curato, mudando sua denominação para Santa Maria Madalena.
O texto da Deliberação que criou O CURATO, na data citada, e que tinha o número 557, era o seguinte:
“Art. 10 – Fica criado um curato sob a invocação de Santa Maria Madalena – no Arraial do Santíssimo, na Freguesia de São Francisco de Paula, no Município de Cantagalo.
“Art. 20 – Serão limites do novo Curato: - a principiar na barra do córrego da Cachoeira, na Fazenda de Manoel Antônio de Moraes, subindo por esse córrego acima até encontrar a serra que verte para Manoel Ignácio da Silva, ficando a vertente esquerda para este curato, e a direita para a freguesia de São Francisco de Paula; dali, pelo alto da serra, até a estrada que vai ter à Fazenda do – Barro Alto -; deste descendo, a apanhar a estrada geral de Cantagalo a Macaé, ficando todo o lado onde está a casa da fazenda, a pertencer à freguesia de São Francisco de Paula; e será esta a divisa desta freguesia com o novo curato. Daí irá ter às divisas já existentes com os Municípios de Macaé e Campos; e com a freguesia de Santa Rita, será divisa a mesma que tinha pelo Rio Grande”.
Tal melhoria concorreu grandemente para o progresso da localidade, atraindo novos colonos e incentivando as suas atividades econômicas. Já em 1852, o Governo se via forçado a criar aqui um distrito de paz e a 29 de Setembro do mesmo ano, uma subdelegacia de polícia, o que mostra o grau de desenvolvimento verificando já naquela época pelo curato.
Em virtude do grande desenvolvimento ocorrido o Governo da Província do Rio de Janeiro, a famosa “Velha Província Fluminense”, resolveu, pelo Decreto n0 696 de 06 de outubro de 1854, aumentar o seu território, dando-lhe jurisdição sobre as terras da Fazenda do Retiro, propriedade de Francisco Alves Lima, pertencentes, até então, à freguesia de São Francisco de Paula.
A partir de meados do século XIX, acentuou-se o tanto o progresso desta cidade, que esta exigiu dos governantes da Província novas providências administrativas, traduzidas na assinatura do Decreto nº 802, de 28 de Setembro de 1855, que a elevou ao predicamento de freguesia, mantendo os mesmo limites anteriormente fixados para o curato.
Não demorou muito para que surgisse entre os habitantes da nova freguesia a ideia da emancipação !
De tal forma se desenvolveu a região, e tantas foram as influências poderosas que aqui chegavam, que animaram a pleitear sua autonomia que, em 1861, depois de calorosos debates na Câmara Provincial com o empenho fervoroso do Coronel Braz Fernandes Carneiro Vianna, cunhado de Duque de Caxias e contraparente do Presidente da Província, Desembargador Luiz Alves de Oliveira Belo, foi a mesma concedida, por força do Decreto 1208 de 24 de Outubro do citado ano.
O art. 10 desse Decreto tinha a seguinte redação:
“Fica elevada à categoria de – VILLA -, com a mesma denominação, a freguesia de Santa Maria Madalena, do termo de Cantagallo; e farão também parte do novo Município as freguesias de São Sebastião do Alto e São Francisco de Paula, desmembrada do mesmo termo”.
A solene instalação do Município de Santa Maria Madalena, formada com os territórios das freguesias de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto, acrescidos às suas terras, verificou-se em 8 de junho de 1862, quando, dando cumprimento aos termos do art. 20 do decreto de criação, “os moradores mobiliaram às suas custas uma casa para as sessões da Câmara Municipal, do Júri e das audiências e das autoridades”.
Instalado o Município, trataram os vereadores de conseguir formar o patrimônio municipal. Buscaram, para tanto, apoderar-se dos terrenos doados à “Santa” em 1850, pelo padre Frouthé, alegando vícios e nulidades na escritura respectiva, feita quando da troca efetuada pela espingarda.
Verificou-se longa querela entre o novo município e a Igreja Católica Apostólica Romana, na qual interferiu o próprio Ministro da Justiça, o Marquês de Abrantes, que comunicou, em 20 de julho de 1863, ao então Presidente da Província, Policarpo Lopes de Leão, “que nenhum direito assista à Matriz, àquelas terras, pelo motivo de não ter sido pedida a dispensa da lei de amortização”. Acrescentava ainda a dita comunicação que não competia, porém, à Câmara entrar em sua posse, e sim à Fazenda Nacional. Finalmente, considerando que não era interessante nem justo deixar-se de aprovar a Vila, e, tendo isso em apreço, mandava o Ministro demarcar os terrenos, dividi-los em lotes e aforá-los aos povoadores que os requeressem primeiro.
Essa decisão foi muito proveitosa ao Município, manifestando-se num grande aumento de sua povoação e de sua lavoura, onde o café, cultivado com o esforço do aumento negro escravizado, começou a destacar-se no balanço econômico da comunidade. Desde essa época, a região progrediu rapidamente, até que, em 1888, com a promulgação da “Lei Áurea”, sofreu uma queda acentuada em seu desenvolvimento econômico.
Com o advento da Abolição, que trouxe como conseqüência imediata o êxodo de grande massa de trabalhadores rurais, muitas de suas terras, até então cobertas de culturas valiosas, foram abandonadas, baixando assim o teor de produtividade do Município.
Quando, 28 de julho de 1890, já no período Republicano, portanto, a vila de Santa Maria Madalena recebeu foros da cidade, nota-se por parte dos habitantes, uma adaptação bem acentuada às novas condições sociais econômicas, consequentes da promulgação da Lei Abolicionista. Muitos de seus campos já começavam a ser aproveitados na exploração pastoril, enquanto nas fazendas de café, o braço escravo começava a ser substituído pelo do colono assalariado.
Graças ao rápido poder de adaptação que possui, este Município de Santa Maria Madalena, passou de grande polo explorador dessa gostosa rubiácea asiática, que é o café, para a exploração de outra culturas agrícolas, como a banana, doce caseiros, e, principalmente, intensa propriedade na área de gado leiteiro, e afins.

PASSOS DA HISTÓRIA

28/03/1835 – Neste ano, a outrora São Francisco da Praia Grande, passa a se chamar Nichetroy, surgem nos anais da imprensa da capital, as primeiras notícias sobre as terras que hoje constituem este Município.
1840 – Estas terras foram anexadas aos domínios do curato de São Francisco de Paula; neste mesmo ano, a primeira penetração, documentada, deste solo, levada a efeito pelo lusitano Manuel Teixeira Portugal.

20/04/1850 – Lavrada a escritura, em notas do escrivão de paz, Antônio Leoclat, da freguesia de São Francisco de Paula, terceiro distrito da Villa de Cantagalo, em 20 de abril, que atribuiu à troca feita entre o padre Francisco Xavier Frouthé e José Vicente.
Por este título, atribuindo-se o valor de 200$000, o padre Frouthé, declara-se: “senhor e possuidor de umas terras no arraial do Santíssimo”, doou parte delas, livre e espontaneamente a Santa Maria Madalena, para a edificação de uma capela sob o patrocínio da aludida santa, “à qual fizera promessa por ocasião de sofrer uma grande moléstia de olhos, melhorando”.
15/09/1851 – Em 15 de Setembro deste ano, por influência talvez do próprio doador das terras, o arraial do Santíssimo passou `categoria de curato, mudando sua denominação para Santa Maria Madalena.
__/05/1852 – Criados aqui em Madalena, um distrito de paz, e uma subdelegacia de polícia, o que atesta o grau de desenvolvimento alcançado, já nessa época, pelo curato.
06/10/1854 – Em virtude de sua rápida evolução, o Governo da Província do Rio de Janeiro, resolveu, pelo Decreto nº 696, de 6 de outubro, aumentar sua área territorial, dando-lhe jurisdição sobre as terras da Fazenda do Retiro, propriedade de Francisco Alves de Lima, até então pertencente, à freguesia de São Francisco de Paula.
28/09/1855 – Pelo Decreto nº 802, de 28 de setembro, devido ao desenvolvimento da localidade, os governantes da Província elevaram-na ao predicamento de freguesia, mantendo os mesmos limites anteriores fixados para o curato.
24/10/1861 – De tal maneira desenvolveu-se a cidade, que os habitantes pensaram em sua autonomia. Após dolorosos debates na Câmara Provincial, e a força de vontade ferrenha do Coronel Braz Fernandes Vianna, cunhado do Duque de Caxias e contraparente do Presidente da Província, Desembargador Luiz Alves de Oliveira Belo, foi esta independência concedida, por força do Decreto nº 1208 de 24 de outubro deste ano; passando a ser denominada: Villa de Santa Maria Madalena; e faziam parte do novo Município, às freguesias de São Sebastião do Alto e São Francisco de Paula.
08/06/1862 – Instalação solene no Município, formado com os territórios das freguesias de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto, acrescidos às suas terras, em 8 de junho deste ano.
(Fato curioso a se notar, foi o empenho da população local, que mobiliou à sua custa uma casa para as sessões da Câmara Municipal, a mesma até hoje existente)
1881 – Assume a direção intelectual do periódico “Echo da Magdalena”, o grande jurista madalenense, Dr. José Pires Brandão.
1888 – Após ter sua Economia muito desenvolvida com o advento das grandes plantações de café, o Município, com a “Lei Áurea”, passa a sofrer uma ruptura em seu desenvolvimento, pois acaba ocorrendo a imediata fuga de grande massa de trabalhadores rurais, desta forma, muitas das terras, até então cobertas de culturas valiosas, foram abandonadas, baixando assim o teor de produtividade no Município...
1889 – Iniciam-se os trabalhos de exploração do ramal férreo Conde de Araruama – Madalena.
Para as fazendas do Barão do Castelo, procedente da Ilha da Madeira, chegam oitenta famílias de colonos portugueses.
1890 – Em julho, já no Período Republicano, a Villa de Santa Maria Madalena recebeu foros de cidade, notava-se por parte de seus habitantes, uma boa adaptação às novas condições sociais e econômica, consequentes da promulgação da Lei Abolicionista. Muitos de seus campos já começavam a ser aproveitados na exploração pastoril, enquanto nas fazendas de café, o braço escravo começava a ser substituído pelo do colono assalariado.
1891 – São criados no Município, os distritos de paz de Triunfo e Santo Antônio do Imbé.
1892 – A estação de Ventania passa ao nome de Trajano de Morais.
25/06/1898 – Sepulta-se o Coronel Francisco de Paula Fajardo, tronco de ilustre família local, nascido em Minas Gerais, em 1828.
// - Assume a direção de “O Protesto”, jornal aqui impresso, então no 150 ano de existência, Manoel Pinto Feijó...
06/11/1906 – Falece, no Rio de Janeiro, aos 42 anos de idade, o grande sábio brasileiro, madalenense ilustre, Dr Francisco Fajardo.
1919 – Pela Segunda vez, em sessão preparatória, reúne-se no Rio Centro Madalenense, fundado pelos Drs. Aristeu Portugal Neves, Armando Fajardo e Álvaro Rocha.
15/02/1920 – Funda-se, sob a direção e gerência de Taciano Valente, o Hotel Brasil.
19/06/1921 – Circula, sob a gerência de Manoel Pinto Feijó, o primeiro número do jornal “Correio de Madalena”.
1922 – Pela Segunda vez no palco do Cinema Ideal, exibe-se nesta cidade o Barítono Ferreira da Silva.
16/10/1935 – Falece, em Niterói, com 58 anos, Euclides Portilho de Castro, jornalista, fundador da “Flâmula”, desta cidade.

OUTRAS IMPORTANTES DATAS DESTE MUNICÍPIO

15/09/1851 – Em 15 de setembro, quando é elevada a Curato, Santa Maria Madalena já existia como povo desde 1840.
1879 – O primeiro registro de prisão, inscrito no livro de entradas da cadeia pública de Madalena, é a de um pardo-escuro, natural de Bom Jardim, com 32 anos, chamava-se Francisco Alves de Souza, e se encontrava “mais ou menos ébrio...” Em 23 de janeiro deste ano.
1883 – Circula o último número do “Echo da Magdalena”, cuja tipografia é vendida a Lúcio de Lauro Filho, de “A Tribuna”.
15/08/1887 – Em 15 de agosto deste ano, ocorreu grande festa em Madalena, pois foi levantada a cruz que se ostenta a torre da Matriz, e a Bênção dos estandartes das duas bandas musicais da vila – a Progresso e a Guarany – assim como estréia de seus novos uniformes.
1888 – É criada pela Câmara a Rua da Biquinha, que começa no fim da Direita, esquina da Maurity.
1890 – Braz Fernandes Carneiro Vianna (*08/04/1815 - †31/01/1870), o fundador do nosso Município, sepultado no cemitério local, teve seus restos mortais transladados ao jazigo perpétuo de sua importante família, no Rio, em 4 de junho.
João Pinto de Abreu e José Joaquim da Silva Freire – o Barão de Madalena – obtiveram concessão para a montagem de um gasômetro destinado ao fornecimento de luz pública e particular a esta cidade. No entanto, este nunca chegou a ser instalado...
22/07/1892 – Em 22 de julho, no adro da nova igreja, realizou-se aqui os festejos de nossa Padroeira, presididos pelo Padre Olímpio de Castro.
06/02/1897 – Em 6 de fevereiro deste ano, por iniciativa de Porfírio Pacheco de Barros e Guido de Faria Salgado, segundo à “Tribuna” do mesmo mês, deve-se à fundação da Sociedade Musical Euterpe Madalenense.
1915 – Triunfo, o nosso 20 distrito, possui um bom educandário. Era dirigido por Otávio Lontra, homem de letras e jornalista. Chamava-se Colégio Spencer.
1928 – Funda-se sob os melhores auspícios, com a presença de autoridades, o Ginásio Madalenense.
Publica o Jornal “A Semana”, uma relação dos eleitores do Estado, na qual o Município de Madalena figura no 220 lugar com 2.099 eleitores.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

A freguesia de Santa Maria Madalena, criada por força do Decreto Provincial nº 802, de 28 de setembro de 1855, recebeu o predicamento de Vila por força da Lei do Decreto Provincial nº 1.208, de 24 de outubro de 1861, com seu território desmembrado do Município de Cantagalo. Sua instalação ocorreu em 8 de junho de 1862.
A Vila adquiriu foros de cidade em virtude do Decreto Estadual nº 107, de 28 de julho de 1890.
Os Decretos Estaduais nº 1 e 1-A, respectivamente dos dias 8 de maio e 3 de junho do ano de 1892, referem-se à criação do distrito de Santa Maria Madalena.
Segundo a divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Santa Maria Madalena é composto de 4 distritos a saber: Santa Maria Madalena, Triunfo, Imbé e São João da Venia.
Na divisão administrativa de 1933, o Município figura como constituído de 6 distritos: Santa Maria Madalena, Triunfo, Santo Antônio do Imbé, Dr. Loreti, São José de Macapá e Sossego; assim permanecendo nas divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/12/1937 e no quadro anexo ao Decreto Lei Estadual nº 392-A, de 31 de março de 1938.
De acordo com o quadro territorial para vigorar no quinquênio 1939-1943, fixado pelo Decreto Estadual nº 641, de 15 de dezembro de 1938, o Município de Santa Maria Madalena se constitui de 6 distritos: Santa Maria Madalena, Triunfo, Arrebol (ex-Santo Antônio do Imbé), Dr. Loreti, Renascença (ex-São José de Macapá), Sossego.
No quadro da divisão territorial fixado para vigorar no quinquênio 1944 – 1948, fixado pelo Decreto Lei Estadual nº0 1056, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Santa Maria Madalena aparece com 6 distritos: Santa Maria Madalena, Arrebol, Dr. Loreti, Itapuá (ex-Triunfo), Renascença e Sossego, que receberam a seguinte ordenação dada pelo Decreto Lei Estadual n0 1063, de 28 de janeiro de 1944: 10 – Santa Maria Madalena, 20 – Itapuá, 30 – Arrebol, 40 – Dr. Loreti, 50 – Renascença e 60 – Sossego.
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado do Rio de Janeiro, promulgado em 20 de junho de 1947, por força do artigo 80, determinou a modificação do topônimo do distrito de Arrebol, que retornou `antiga denominação de Santo Antônio do Imbé.
Pela Lei nº 791, de 15 de fevereiro de 1950, o distrito de Itapuá retornou à sua antiga denominação de Triunfo.
Ficou pois constituído o Município de Santa Maria Madalena: 10 – Santa Maria Madalena – Sede, 20 – Triunfo, 30 – Santo Antônio do Imbé, 40 – Dr. Loreti, 50 – Renascença e 60 – Sossego.


FORMAÇÃO JUDICIÁRIA


A Comarca de Santa Maria Madalena foi criada por força do Decreto nº 1781, de dezembro de 1872, constituindo-se do único termo denominado Santa Maria Madalena.
A Lei nº 643, de 7 de dezembro de 1904, suprimiu a comarca de Santa Maria Madalena, que foi restabelecida pela de nº 740, de 29 de setembro de 1906.
De acordo com as divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/12/1937, a comarca de Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto, assim permanecendo no quadro anexo ao Decreto Estadual nº 392-A, de 31 de março de 1938.
Segundo o quadro territorial estabelecimento pelo Decreto Estadual nº 641, de 15 de setembro de 1938, para vigorar no quinquênio 1939-1943, a comarca de Santa Maria Madalena se compõe de três termos: Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Morais.
Na divisão territorial fixada pelo Decreto Lei Estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1943, para o quinquênio 1944-1948, a comarca de Santa Maria Madalena se constitui dos seguintes termos: Santa Maria Madalena e Trajano de Morais.
A Lei nºº1429, de 12 de janeiro de 1952, desanexou o termo de Trajano de Morais da Comarca de Santa Maria Madalena, que ficou constituída apenas pelo termo de Santa Maria Madalena, o que foi mantido na Lei nº 1895, de 6 de julho de 1953. A Lei nº 3836, de 10/12/1958, constitui a Comarca unicamente com o Município de Santa Maria Madalena.

EVOLUÇÃO POLÍTICA DOS DISTRITOS

DISTRITO DE SANTA MARIA MADALENA

Criada Freguesia, por força do Decreto nº 802, de 28 de Setembro de 1855.
Elevada a categoria de Villa e sede do Município, por força da Lei ou Decreto Provincial nº 1208, de 24 de outubro de 1861.
Elevada a categoria de Curato em 15 de setembro de 1851, quando teve a sua denominação mudada para Santa Maria Madalena.
A Vila de Santa Maria Madalena, sede do Curato, da Freguesia do Município de igual nome, adquiriu foros da cidade por força do Decreto Estadual nº 107, de 28 de julho de 1890.
Os Decretos Estaduais nº 1, de 8 de maio el-A, 3 de junho de 1892, confirmaram a criação do Distrito de Santa Maria Madalena.
Segundo as divisões administrativas de 1911 e 1933, territoriais datadas de 31\12\1936 e 31\12\1937, e o quadro anexo, ao Decreto Lei Estadual nº 392-A, de 31 de março de 1938, o Município de Santa Maria Madalena tem por sede o distrito de mesmo nome, assim permanecendo nos quadros territoriais do Estado, vigentes nos quinquênios 1939-1948, fixados, respectivamente, pelos Decretos Estaduais nº 641, de 15 de dezembro de 1938, e 1056, de 31 de dezembro de 1943.
O Decreto Lei Estadual nº 1063, de 28 de janeiro de 1944, ordenou o distrito de Santa Maria Madalena como o 10 do município igual nome.

DISTRITO DE TRIUNFO (Ex-ITAPUÁ)

O distrito de Triunfo foi criado por Deliberação Estadual de 27 de fevereiro de 1891. Sua criação foi confirmada pelos Decretos Estaduais nº 1, de 8 de maio e de 1-A, de 3 junho 1892.
Por força do Decreto Lei Estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1943, que fixou o quadro da divisão territorial, judiciária e a administrativa do Estado, vigente no quinquênio 1944-1948, a toponímia do distrito de Triunfo foi modificava para Itapuá, continuando a fazer parte do município de Santa Maria Madalena.
Pela Lei nº 791, de 15 de fevereiro de 1950, o distrito de Itapuá, retornou à sua antiga denominação de Triunfo, permanecendo na ordem judiciária de 20 do Município de Santa Maria Madalena.

DISTRITO DE SANTO ANTÔNIO DO IMBÉ

O distrito de Santo Antônio do Imbé foi criado por Deliberação Estadual de 27 de Fevereiro de 1891, sendo sua criação confirmada pelos Decretos Estaduais n0s 1, de 8 de maio e 1-A, de 3 de junho de 1892.
Na divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito, simplesmente denominado Imbé, figura no município de Santa Maria Madalena.
Por efeito do Decreto Estadual nº 641, de 15 de 1938, que fixou o quadro de divisão territorial do Estado, vigente no quinquênio 1939-1943, o distrito de Santo Antônio do Imbé teve seu topônio modificado para Arrebol e permanece no município de Santa Maria Madalena, o mesmo se observando no quadro da divisão territorial, judiciária e administrativa do Estado, em vigor no quinquênio 1944-1948, fixado pelo Decreto Lei Estadual nº 1056, de 31 de dezembro de 1943.
O distrito de Arrebol foi ordenado como 30 do Município de Santa Maria Madalena pelo Decreto Lei Estadual nº 1063, de 28 e janeiro de 1944.
Em virtude do artigo 80, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado do Rio de Janeiro, promulgado em 20 de junho de 1947, o qual veio introduzir modificações no quadro em vigor no quinquênio 1944-1948, o distrito de Arrebol, do Município de Santa Maria Madalena, retornou à sua primitiva denominação de Santo Antônio do Imbé.

DISTRITO DE DR. LORETI

O distrito, com classificação de 40 e sede no Arraial de São João Evangelista da Ventania, foi criado por Lei Estadual n0 480, de 8 de novembro de 1901.
Segundo a divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, consta no Município de Santa Maria Madalena o distrito de São João da Ventania.
A sede do distrito foi transferida para a estação de Doutor Loreti, por força do Decreto Estadual nº 1445, de 31 de julho de 1915. A Lei Estadual nº 1633, de 18 de novembro de 1919, sendo que esta Lei nº 1633 transferiu a povoação de Ventania para o Município de São Francisco de Paula (atual Trajano de Morais).
Pelo Decreto Lei Estadual nº 1063, de 28 e janeiro de 1944, o distrito de Dr. Loreti foi ordenado como o 40 do Município de Santa Maria Madalena.

DISTRITO DE RENASCENÇA

O distrito foi criado com a classificação de 40, e sede na localidade de São José de Macapá por Lei Estadual nº 1795, de 2 de janeiro de 1924, constituindo-se com território desmembrado do 10 distrito, Santa Maria Madalena.
Pelo Decreto Lei Estadual nº 1063, de 28 e janeiro de 1944, o distrito de Renascença foi ordenado como o 50 do Município de Santa Maria Madalena.

DISTRITO DE SOSSEGO

O distrito, com a classificação de 50, e sede na povoação de Sossego, foi criado por Lei Estadual nº 1795, de 2 de janeiro de 1924, com território desmembrado do 30 distrito, Santo Antônio do Imbé. Recebeu a classificação de 60 por Lei Estadual nº 1882, de novembro de 1924.
Pelo Decreto Lei Estadual nº 1063, de 28 e janeiro de 1944, o distrito de Sossego foi ordenado como o 60 do Município de Santa Maria Madalena.


VULTOS ILUSTRES DE SANTA MARIA MADALENA

Padre Francisco Xavier Frouthé - (*__/__/_1803 - †03/03/1859)

Descendente dos suíços que colonizaram Nova Friburgo, aqui aportou em busca de Nativos necessitados de suas mensagens de Fé. Apaixonou-se por essas terras de uma forma, que acabou aceitando trocar a bela espingarda que trazia consigo, pela posse das terras que circundavam o vale onde hoje se localiza a Matriz de Santa Maria Madalena, na praça que tem o seu nome.

José Vicente - (*__/__/____ - †__/__/____)

Segundo a história, era um Mateiro, mas acredita-se que fosse um “Capitão do Mato”, que à procura de escravos foragidos, aqui chegou, apossando-se das terras, construiu um rancho para sua moradia, no promontório onde se acha a Matriz de Santa Maria Madalena, batizando aquele sítio de Santíssimo.

Manuel Teixeira Portugal - (*22/08/1812 - † 18/07/1886)

Autor de primeira penetração documentada deste solo, isso por volta de 1840. Em suas peregrinações pelos sertões fluminenses, consta ter chegado até o vale em que foi erigida a Matriz em homenagem à Santa Maria Madalena. Aqui não se deteve, provavelmente em busca de novas descobertas, rumou mais para o interior, abandonando essas terras à sua sorte...

José Joaquim da Silva Freire - (*02/02/1826 - †12/05/1895)

Barão de Madalena – detentor deste título no boliárquico, devido à imensa fortuna que era possuidor. Dono de muitas terras e grandes culturas, talvez tenha sido aqui o homem que possuiu maiores plantações de café, gado, propriedades e escravos. Faleceu em 1895, com 70 anos. Foi um dos maiores colaboradores na construção da Matriz de Santa Maria Madalena.

Braz Fernandes Carneiro Vianna - (*08/04/1815 - †30/01/1870)

Coronel da Guarda Municipal. Cunhado de Duque de Caxias e contraparente do Presidente da Província, Desembargador Luiz Alves Leite de Oliveira Belo. Principal figura da emancipação deste Município.

Bethralda de Lauro - (*26/08/1883 - †12/11/1964)

Primeira jornalista fluminense. Eminente escritora.

Joaquim Santos Lima Júnior - (*02/11/1887 - †01/02/1944)

Farmacêutico. Com sua boa alma, muito ajudou ao povo dessa cidade. Botânico emérito, chegou a catalogar milhares de espécies raras de Orquídeas. Fundou o Horto Florestal, que posteriormente em sua homenagem passou a denominar-se: “Horto Florestal e Frutícola Santos Lima”.

Dr. Mattos Pitombo - (*31/05/1858 - †31/01/1910)

Médico, advogado, exímio orador destemido. Foi verdadeiro ídolo do povo deste Município por muitos anos. Viveu no século passado.

Henrique Graça - (*__/__/____ - †__/__/____)

Juiz de Direito da Villa de Santa Maria Magdalena, 1884.

José Pedro Henrique da Veiga - (*__/__/____ - †__/__/____)

Escrevente juramentado do 10 Oficio da Justiça da Villa de Magdalena, em 1884. Tio do Dr. Raul Veiga, Presidente do Estado do Rio de Janeiro.

Adolpho Francisco Rodrigues Silva - (*08/03/1846 - †08/03/1891)

Tabelião de Santa Maria Magdalena, no ano da graça de 1884.

Coronel José de Souza Lima - (*14/01/1846 - †16/06/1929)

Chefe do partido Conservador de Magdalena durante o segundo quartel do século passado. Muito querido e respeitado pelos amigos e mesmo pelos adversários, em 1896.

Guilherme Lopes - (*__/__/____ - †__/__/____)

Maranhense, jornalista, fundador e redator do jornal “O Magdalenense”, primeiro periódico aqui no município de Santa Maria Madalena.

Dr. Abel Parente - (*__/__/____ - †__/__/____)

Grande cientista italiano, aqui exerceu as atividades de Farmacêutico, foi quem examinou as águas chamada “Biquinha Santa”, em 1880.

Cônego Paschoal de Santo Martinho - (*25/03/1851 - †11/10/1923)

Padre da Paróquia de Santa Maria Magdalena. Italiano, cheio de vigor, de grande coração, de grandezas e glórias. A remessa que fez, em certa ocasião, de dez sacas de café de bom tipo à Santa Sé, valeu-lhe o título de Camareiro Sacrato Supranumarario de Sua Santidade, o Papa Pio IX. Chegou o Monsenhor. Morreu velhinho, embora nunca saciou sua ânsia de grandezas...

Antônio Machado Botelho Sobrinho - (*08/01/1827 - †14/03/1908)

Barão de Macabu – Detentor deste título nobiliárquico desde 17 de dezembro de 1881, aqui residia na famosa e riquíssima Fazenda da Fortaleza. Esta fazenda foi a que possuiu as maiores plantações de café no município de Santa Maria Madalena. Seu poderio econômico foi tão grande, que chegou a ter seu próprio dinheiro, com a qual pagava seus colonos e alguns escravos, que trocava no comércio local.

Manoel Luiz Ribeiro - (*__/__/____ - †28/10/1890)

Barão do Castello - Homem bom, sempre tratou seus escravos com grande humanidade e carinho. Liberal de primeira hora, teve a coragem para aquela época, libertar 500 escravos seus a 500 dias antes da famosa Lei Áurea.

Mariano de Oliveira - (*08/06/1858 - †15/11/1941)

Grande professor e escritor. Primeiro professor de escola pública no país, fundando aqui a primeira Escola Pública do Brasil.

Euclides de Castro - (*05/08/1879 - †16/10/1935)

Escritor e poeta e compositor.

Maria da Conceição Fontes Moreira - (*14/12/1905 - †26/11/1939)

 “Sinhá”- professora primária, muito bondosa e delicada à criança e à família. Viveu pouco tempo... Em sua homenagem foi denominada“ Sinhá Fontes”, uma Escola Estadual do 30 distrito.

Luiz Muniz - (*08/03/1909 - †__/__/____)

Escritor e poeta soberbo.

Joaquim Laranjeira - (*07/08/1897 - †22/11/1949)

Jornalista combativo, o principal defensor das coisas da “Terrinha”, como ele definia as “Terras de Madalena”. Escritor de inúmeros romances, ao falecer em 1949, deixou a ser publicado o inédito: “A Noiva Patriarca”. Fundador do quinzenário jornal “A SEMANA”, arauto maior dos clamores do povo madalenense durante 35 anos !

Armando Fajardo - (*12/10/1893 - †12/06/1969)

Fundador do clube de serviços Lions Club do Brasil. Era o “Leão” número 1. Foi por muitos anos presidente do Joquei Clube Brasileiro, e Chefe de Gabinete de alguns Ministérios.


Dr. Manoel Verbicário - (*13/10/1913 - †20/08/1988)

Grande figura humana, médico humanitário. Prefeito do Município.

Dr. Hudson de Souza Fontes - (*28/08/1900 - †17/08/1976)

Médico. Trabalhou nesta cidade até 1945. Tinha Pós-Graduação em Paris. Faleceu aos 74 anos, e ainda clinicando e exercendo funções públicas em Niterói.

Irmãos Estrela - Coronel Basileu e Dr. Cândido Estrela

Coronel Basileu (*23/05/1895 - †22/05/1981) e Dr. Cândido Estrela (*27/11/1892 - †10/10/1964) – Ajudaram financeiramente tanto às instituições daqui, que tornaram-se os grandes Beneméritos de Santa Maria Madalena.

Coronel Asdrubal Gwyer de Azevedo - (*22/12/1899 - †07/01/1970)

Bravo soldado, sua bravura indômito, enalteceu, seus contemporâneos.

Francisco Portugal Neves - (*02/04/1896 - †16/08/1974)

Odontólogo, eminente professor das cadeiras de Geografia e História, lecionou por muitos anos nos famosos e conceituados colégios de Niterói: Brasil, Nossa Senhora das Mercês, Figueiredo Costas, Salesiano, Plínio Leite, Instituto Abel e outros. Era membro efetivo do importante Conselho Nacional de Geografia e Estatística. Poeta e repentista. É o Patrono da Casa da Cultura de nossa cidade.


ALGUMAS CURIOSIDADES DO MUNICÍPIO

O Leão nº 1 do Lions Clube do Brasil: Armando Fajardo Rodrigues.
A múmia mais antiga do Brasil, descoberta na Gruta do Gentio, em 1977.
O pioneirismo na cultura do café, no Estado do Rio de Janeiro.
A libertação de 500 escravos pelo Barão de Castelo, 500 dias antes da Lei Áurea.
Industrialização da jurubeba, um dos maiores nomes produtos da Flora Medicinal mais     vendido no País, em forma de medicamentos.
Horto Florestal Santos Lima, o pioneiro o projeto de plantas medicinais.
A implantação da Primeira Escola Pública do País, por Lei, com o primeiro professor, Mariano de Oliveira.
A primeira mulher agrônoma do País, a Dra. Rita Rangel de Azeredo Coutinho de Lacerda.
Primeiro Sindicato de Trabalhadores Rurais a possuir telefone.
O primeiro banco de sementes do País.
O primeiro jornal de sindicato do País, “O Lavrador”, em 1903.
O primeiro divórcio ocorrido no País, em 09 de agosto de 1916. Registrado no Cartório do 10 oficio, no distrito de Sossego do Imbé.




HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO RIO DE JANEIRO
Criação das Freguesias

Criação das Freguesias
1593 - Criada por Carta Régia a Freguesia de N.S. Conceição da Ilha Grande, atual Município de Angra dos Reis.
1612 - Criada por Alvará a Freguesia de N.S. do Pilar, atual Município de Duque de Caxias.
1615 - Criada por Alvará de 13/11/1615 a Freguesia de N.S. da Assunção, atual Município de Cabo Frio.
1644 - Criada por Alvará a Freguesia de S.João da Barra, atual Município de São João da Barra.
1645 - Criada por Alvará de 10/02/1645 a Freguesia de S.Gonçalo do Amarante, atual Município de S.Gonçalo.
1647 - Criada por Alvará de 10/02/1647, a Freguesia de S.João Batista de Trairaponga, atual Município de São João de Meriti.
1667 - Criada por Carta Régia de 28/02/1667 a Freguesia de N.S.dos Remédios de Parati, hoje Município de Parati.
1674 - Criada por Carta Régia de 17/07/1674 a Freguesia de S.Salvador, hoje Município de Campos dos Goytacazes.
1696 - Criada por Alvará de 18/01/1696 a Freguesia de S.João Batista de Icaraí, atual Município de Niterói; criada por Alvará de 18/01/1696 a Freguesia de N.S. da Piedade de Magé, atual Município de Magé; criada por Alvará de 18/01/1696 a Freguesia de S.João Batista de Itaboraí, atual Município de Itaboraí.
1719 - Criada por Provisão Episcopal a Freguesia de N.S. da Piedade de Iguaçú, atual Município de Nova Iguaçú.
1750 - Criada por Provimento de 18/07/1750 a Freguesia da Sacra Família de Tinguá, atual Município Engenheiro Paulo de Frontin.
1755 - Criada por Alvará de 11/01/1755 a Freguesia de N.S. da Conceição de Paty do Alferes, atual Município de Paty do Alferes; criada por Alvará de 11/01/1755 a Freguesia de N.S. do Amparo de Maricá, atual Município de Maricá; criada por Alvará de 11/01/1755 a Freguesia de N.S. de Nazaré de Saquarema, atual Município de Saquarema; criada por Alvará de 12/01/1755 a Freguesia de S. João Marcos, atual Município de Rio Claro; criada por Alvará de 15/01/1755 a Freguesia de N.S. da Ajuda de Guapimirim, atual Município de Guapimirim; criada por Alvará de 26/11/1755 a Freguesia de Sant’Ana de Macacu, atual Município de Cachoeiras de Macacu.
1756 - Criada por Alvará de 02/01/1756 a Freguesia de S.Pedro e S.Paulo de Paraíba do Sul, atual Município de Paraíba do sul.
1757 - Criada por Alvará de 02/01/1757 a Freguesia de N. S. da Conceição do Campo alegre, atual Município de Resende.
1759 - Criada por Alvará de 04/02/1759 a Freguesia de N.S. da Conceição de Marapicu, atual Município de Queimados; criada por Provimento de 15/11/1759 a Freguesia de S.Francisco Xavier de Itaguaí, atual Município de Itaguaí.
1761 - Criada por Alvará de 1761 a Freguesia de Sacra Família de Ipuca, atual Município de Casemiro de Abreu; criada por Provisão de 03/06/1761 a Freguesia de N.S. da Conceição de Iguaba, atual Município de S.Pedro da Aldeia.
1764 - Criada por Provisão de 16/01/1764 a Freguesia de N.S. da Guia de Mangaratiba, atual Município de Mangaratiba.
1768 - Criada por Provisão de 27/08/1768 a Freguesia de N.S. da Conceição do Rio Bonito, atual Município de Rio Bonito.
1786 - Criada por Portaria de 09/10/1786 a Freguesia de SS. Sacramento de Cantagalo, atual Município de Cantagalo.
1795 - Criada por Ordem Régia de 22/12/1795 a Freguesia de S.Sebastião de Araruama, atual Município de Araruama.
1801 - Criada por Provisão de 09/10/1801 a Freguesia de N.S. da Lapa de Capivarí, atual Município de Silva Jardim.
1813 - Criada por Provimento de 15/08/1813 a Freguesia de N.S. da Glória de Valença, atual Município de Valença.
1815 - Criada por Alvará de 25/11/1815 a Freguesia de São José da Serra, atual Município de São José do Vale do Rio Preto.
1817 - Criada por Alvará de 17/10/1817 a Freguesia de Sant’Ana de Piraí, atual Município de Piraí.
1820 - Criada por Alvará de 03/01/1820 a Freguesia de São João Batista de Nova Friburgo, atual Município de Nova Friburgo.
1836 - Criada por Lei Provincial de 29/12/2836 a Freguesia de S.Pedro e S.Paulo do Ribeirão das Lajes, atual Município de Paracambi.
1837 - Criada por Lei Provincial de 23/12/1837 a Freguesia de N.S. da Conceição de Vassouras, atual Município de Vassouras.
1839 - Criada por Lei Provincial de 15/05/1839 a Freguesia de S.Sebastião da Barra Mansa, atual Município de Barra Mansa.
1840 - Criada por Lei Provincial de 17/10/1840 a Freguesia de São Fidélis de Sigmaringa, atual Município de São Fidélis.
1842 - Criada por Lei Provincial de 26/04/1842 a Freguesia de N.S. da Conceição Aparecida, atual Município de Sapucaia; criada por Lei Provincial de 09/05/1842 a Freguesia de São José do Campo Belo, atual Município de Itatiaia.
1843 - Criada por Lei Provincial de 31/05/1983 a Freguesia de N.S. da Conceição do Paquequer, atual Município de Sumidouro; criada por Lei Provincial de 01/06/1843 a Freguesia de Santo Antonio de Pádua, atual Município de Santo Antonio de Pádua.
1846 - Criada por Lei Provincial de 25/04/1846 a Freguesia de N.S. do Carmo, atual Município de Carmo; criada por Lei Provincial de 20/05/1846 a Freguesia de S.Pedro de Alcântara, atual Município de Petrópolis; criada por Lei Provincial de 20/05/1846 a Freguesia de São Francisco de Paula, atual Município de Trajano de Morais.
1850 - Criada por Lei Provincial de 21/03/1850 a Freguesia de S.José de Leonissa da Aldeia da Pedra, atual Município de Itaocara.
1851 - Criada por Lei Provincial de 30/08/1851 a Freguesia de N.S. do Rosário de Quatís, atual Município de Quatís.
1852 - Criada por Lei Provincial de 27/09/1852 a Freguesia de N.S. da Piedade, atual Município de Barra do Piraí.
1853 - Criada por Lei Provincial de 14/02/1853 a Freguesia de N.S. da Natividade do Carangola, atual Município de Natividade.
1855 - Criada por Lei Provincial de 28/09/1855 a Freguesia de Sta. Maria Madalena, atual Município de Santa Maria Madalena; criada por Lei Provincial de 28/09/1855 a Freguesia de São Sebastião do Alto, atual Município de São Sebastião do Alto; criada por Lei Provincial de 29/09/1855 a Freguesia de Santa Cruz de Mendes, Município de Mendes; criada por Lei Provincial de 06/10/1855 a Freguesia de N.S. da Conceição de Macabu, atual Município de Conceição de Macabu; criada por Lei Provincial de 06/10/1855 a Freguesia de Sant’Ana das Palmeiras, atual Município de Miguel Pereira; criada por Lei Provincial de 06/10/1855 a Freguesia de Santa Teresa, atual Município de Rio das Flores; criada por Lei Provincial de 06/10/1855 a Freguesia de N.S. da Conceição de Bemposta, atual Município de Três Rios; criada por Lei Provincial de 25/10/1855 a Freguesia de Santo Antonio do Paquequer, atual Município de Teresópolis.
1856 - Criada por Lei Provincial de 13/10/1856 a Freguesia de São José do Ribeiro, atual Município de Bom Jardim; criada por Lei Provincial de 24/10/1856 a Freguesia de N.S. da Conceição de Duas Barras do Rio Negro, atual Município de Duas Barras.
1861 - Criada por Lei Provincial de 04/11/1861 a Freguesia de Senhor Bom Jesus de Monte Verde, atual Município de Cambuci; criada por Lei Provincial de 14/12/1861 a Freguesia de N.S. da Piedade da Laje, atual Município de Laje do Muriaé.
1862 - Criada por Lei Provincial de 14/11/1862 a Freguesia de Senhor Bom Jesus do Itabapoana, atual Município de Bom Jesus do Itabapoana. 1873 - Criada por Lei Provincial de 06/11/1873 a Freguesia de Santo Antonio das Cachoeiras, atual Município de Italva.
1879 - Criada por Lei Provincial de 19/11/1879 a Freguesia de São Sebastião de Varre-Sai, atual Município de Varre-Sai; criada por Lei Provincial de 26/11/1879 a Freguesia de Santo Antonio de Carangola, atual Município de Porciúncula.
1881 - Criada por Decreto de 24/09/1881 a Freguesia de N.S. do Monteserrat, atual Município de Comendador Levi Gasparian.



O desbravamento da região, hoje ocupada pelo Município de Santa Maria Madalena, data de 1840, quando por ali passou o Português Manoel Teixeira Portugal. Logo depois, se estabeleceu no local o mateiro José Vicente, que ali chegaram em perseguição a negros fugitivos e armou um rancho no mesmo local do antecessor.
Segundo a lenda, as referidas terras foram cedidas em troca de uma espingarda de fabricação Suíça ao padre Francisco Xavier Frouthé, que doou parte delas para edificação de uma capela em homenagem a Santa Maria Madalena, em cumprimento de promessa.
Se do fato, com aparência de lenda, não há senão notícia oral, existe, todavia, a escritura lavrada em notas do escrivão de paz Antônio Leoclat, da freguesia de São Francisco de Paula, terceiro Distrito da Vila de Cantagalo, em 20 de abril de 1850, que vem abonar em parte a afirmativa tradicional.
Devido aos pântanos cheios de barros branco, os viajantes que demandavam a estrada Cantagalo-Macaé, davam ao local o nome de Tabatinga, que foi a primeira denominação do Arraial do Santíssimo, atual cidade de Santa Maria Madalena.
A elevação à categoria de freguesia se deu em 1855 e à de Vila em 1861, desmembrada do termo de Cantagalo e tendo anexadas a si as freguesia de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto. Destacou-se na luta pela elevação a Município o coronel Braz Fernandes Carneiro Viana, cunhado do Duque de Caxias. Santa Maria Madalena passou à categoria de Cidade em 1890. Gentílico: Madalenense.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

A freguesia de Santa Maria Madalena, criada pelo Decreto Provincial nº 802, de 28 de setembro de 1855, recebeu o procedimento de Vila por força da Lei ou Decreto Provincial nº 1208, de outubro de 1681, com território desmembrado do Município de Cantagalo. Sua instalação ocorreu em 8 de junho de 1862.
A Vila adquiriu foros de Cidade em virtude do Decreto Estadual nº 107, de 28 de julho de 1890.
Os Decretos Estaduais nºs.1 e 1-A, respectivamente dos dias 8 de maio e 3 de junho do ano de 1892, referem-se à criação do Distrito de Santa Maria Madalena.
Segundo a divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Santa Maria Madalena é composto de 4 Distritos: Santa Maria Madalena, Triunfo, Imbé e São João da Venia.
Na divisão administrativa de 1933, o Município figura como constituído por 6 Distritos: Santa Maria Madalena , Triunfo, Santo Antônio do Imbé, Dr.Loréti, São José de Macapá e Sossego; assim permanecendo nas divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937 e no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº, 392-A, de 31 de março de 1938.
De acordo com quadro territorial para vigorar no quinqüênio 1939-1943, fixado pelo Decreto Estadual nº 641, de 15 de dezembro de 1938, o Município de Santa Maria Madalena se constitui de 6 Distritos: Santa Maria Madalena, Arrebol (ex-Santo Antônio do Imbé), Dr.Loréti, Renascença (ex-São José de Macapá ), Sossego e Triunfo.
No quadro da divisão territorial fixada para vigorar no quinqüênio 1944-1948, pelo Decreto-lei Estadual nº.1056, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Santa Maria Madalena aparece com 6 Distritos: Santa Maria Madalena, Arrebol, Dr.Loréti, Itapuá (ex-Triunfo), Renascença e Sossego.

Pesquisa Elaborada por: Mário Henrique Sá Barreto Guimarães


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