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POESIAS



SAUDADES DE FLAVINHO

(17/01/1970)
Naby Abdalla


Esta saudade, filho, não esconde,
É tudo o que me resta de você.
Surge ferina, vem não sei de onde,
É comigo a brigar, não sei por quê.

Volta Flávio! Maldosa ela responde:
Flávio não voltará, sabes por quê?
No seu mundo bondade corresponde
A morrer pela mão que não se vê.

Não me queres? Também nunca te quis.
De nada fui culpada, nada fiz,
Ao que te fere e tanto te consome.

Pois se agora sou a tua companheira,
Fiel te segurei a vida inteira,
Saudade sou eu. E tu? ... Que importa o nome?

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